“A Ordem da Terra”
A Quinta de Sinde estende-se como um organismo vivo — equilibrado, ancestral e rigorosamente desenhado pela mão do tempo.
Estas plantas representam mais do que a disposição do terreno: revelam a estrutura de um património que soube preservar a harmonia entre a arquitetura e a natureza.
No coração da propriedade ergue-se a Casa Senhorial, acompanhada pela capela e pelas antigas casas de caseiros, núcleos fundadores de uma vida rural que ainda hoje ecoa no silêncio das colinas. Em seu redor distribuem-se os espaços agrícolas e florestais, os lagares, sequeiros, espigueiros, coutadas e matas, cruzados por ribeiros de nascente pura, que dão voz à paisagem.
O limite murado da Quinta, visível na planta e na fotografia aérea, define com precisão o caráter singular desta propriedade — um domínio vasto, coeso e inteiramente integrado na topografia natural de Covelas.
Mais do que delimitar, o traçado revela uma história: a de um território pensado com propósito, cultivado com devoção e preservado com o mesmo respeito com que se conserva a memória.
A planta de Sinde é o reflexo da sua alma — um mapa onde cada linha é herança e cada fronteira é eternidade.