“Séculos Gravados em Pedra”
A história da Quinta de Sinde confunde-se com a da própria região. Fundada no século XVII, é herdeira de uma linhagem que soube transformar a terra em memória e a pedra em permanência.
As suas raízes remontam à Galiza, à antiga família Araújo e Vasconcelos, cavaleiros de honra, homens de armas e de fé. Vindos de Lóbios no século XIV, trouxeram consigo não apenas o nome e o brasão, mas uma forma de estar no mundo — discreta, leal e profundamente enraizada na tradição.
Pedro de Araújo e Vasconcelos, nascido em 1601, foi o primeiro Capitão-mor da Terra da Lanhoso. Serviu o reino, comandou homens, protegeu terras e honrou o nome que herdara. A ele sucederam-se quatro gerações que perpetuaram o título, tornando a Casa de Sinde símbolo de nobreza e respeito.
O século XIX trouxe novos capítulos à sua história. Em 1885, o Rei D. Luís I outorgou o título de Visconde de Sinde a Francisco Perestrelo de Alarcão Marinho Pereira de Araújo, reconhecendo séculos de fidelidade e serviço. Poucos anos mais tarde, em 1891, D. Carlos I cruzou o portão da Quinta para inaugurar a capela — bênção régia sobre um lugar já abençoado pelo tempo.
Com a chegada da República, em 1913, a propriedade passou para os irmãos Padres Adelino e Albino Alves Dias, Joaquina e José Alves Dias cuja descendência conserva até hoje o mesmo respeito, o mesmo zelo e a mesma serenidade.
A Quinta de Sinde não é apenas um testemunho histórico, é um eco da própria identidade portuguesa.
“Alguns lugares não envelhecem: amadurecem. E é nesse amadurecimento que a eternidade se revela.”